terça-feira, 9 de junho de 2009

O Eleito do Sol, de Arménio Vieira (Nova Vega)

"Arménio Vieira, poeta caboverdeano, natural da Praia, foi um dos elementos dinamizadores do grupo que criou Sèló, suplemento literário do Notícias de Cabo Verde, em 1962. Jornalista, desenvolve actividade crítica e na sua geração desempenha um papel fundamental de reflexão sobre a modernidade literária.

Representado nas mais variadas antologias, com publicação dispersa em jornais e revistas, publica o seu primeiro livro em 1981, Poemas, que reúne a produção poética escrita entre 1971 e 1979.

Segundo Fernando J. B. Martinho, a imagem do «poeta» que se desenha na obra do autor «muito tem a ver com toda uma tradição cultivada nos dois últimos séculos - a tradição do poeta inconformista, rebelde, irreverente, louco, e, enfim, maldito.» Postura que lhe vale, nas palavras do poeta caboverdeano Jorge Carlos Fonseca, a designação de «Irreverente, indomável espadachim da sorte e da morte, poeta de vento sem tempo.»

Em 1990, Arménio Vieira estreia-se na ficção com O Eleito do Sol, livro que inaugura novas vertentes temáticas e formais no panorama da prosa caboverdeana. Uma vez mais, Arménio Vieira instaura um discurso transgressor em relação aos poderes instituídos, realizando uma estranha e surreal alegoria onde a figura de um escriba egípcio atravessa os trilhos do tempo em demanda crítica do onirismo mais vital. Beleza e crueldade, saber e poder, ambição e despojamento equacionam, na encruzilhada pícara e maravilhosa de O Eleito do Sol, a permanência de princípios e valores intemporais. "

Fonte: Editora Nova Vega

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