sexta-feira, 10 de julho de 2009

A Máquina de Xadrez (Robert Löhr)

Numa mistura magistral de mistério e aventura, este impressionante romance histórico conta a história de Wolfgang von Kempelen, inventor de um autómato capaz de jogar xadrez. Em pleno século das luzes, uma descoberta deste calibre espalha por toda a parte o espanto e a curiosidade. O que muitos não sabem é que, por detrás do Turco xadrezista, esconde-se, afinal, um cérebro humano.
Escrito de forma precisa e cativante, este livro leva-nos a entrar na vida de Tibor, o anão que, em troca da sua liberdade, aceita uma nova vida como controlador do Turco. E os acontecimentos que tomam conta da sua vida, os sentimentos proibidos e a imensa desolação de tudo o que o envolve, como se ele próprio fosse a maldição de que o povo crédulo fala, tornam esta narrativa numa verdadeira viagem ao passado.
Existem alguns pontos que podem não agradar a todos os leitores, nomeadamente os momentos em que o autor divaga pela estratégia do xadrez, com recurso a termos e códigos que leitores menos familiarizados com o jogo poderão estranhar. Estes momentos, contudo, são escassos e a forma como a acção se desenrola, divagando entre o passado e o presente, estimula a curiosidade, fazendo deste livro um verdadeiro vício.
Uma grande leitura, para os apreciadores do romance histórico e (porque não?) do jogo do xadrez. Absolutamente recomendado, este é um daqueles livros que, pelos seus momentos de tensão e de emoção, mas também pelo seu rigor e precisão, não se esquecem com facilidade.
Magistral.

2 comentários:

  1. Parabéns pelo comentário. Fiquei muito curiosa para ler o livro.
    Obrigada pela dica!

    Beijos
    Lili

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  2. Já é a segunda opinião positiva que leio em relação a este livro e cada vez estou mais curiosa :)

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