quinta-feira, 30 de julho de 2009

Werther (Johann Wolfgang von Goethe)

Sente-se, desde a primeira página deste livro, uma aura de profunda tristeza, mesmo quando, na primeira carta do protagonista, este parece anunciar a sua felicidade. Na verdade, este Werther é uma obra soturna, um constante prenúncio da tragédia que se adivinha na sua história de amor impossível.
Poética e transbordante de emoção, a escrita de Goethe revela-nos já muitos dos elementos que se virão a manifestar de forma soberba no seu conhecidíssimo Fausto. E, para lá do trágico amor que, do ponto de vista do jovem Werther, o autor nos relata, existem outras situações que, ainda que retratadas em pequenos momentos, que tornam esta obra num trabalho de mestre. Temos, entre outros exemplos, a instável harmonia das famílias numerosas, o preconceito classista dos nobres e a loucura daqueles que tudo perderam e já não encontram para as suas penas senão o alívio da inconsciência.
Um livro pleno de sensibilidade, profundo na sua melancolia e envolvente no seu reflexo das relações humanas. Em suma, um clássico.

2 comentários:

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    Roberto Mendes

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  2. Tenho este livro há muito tempo. Gostei muito do teu comentário. Talvez seja o proximo livro a ler.
    Cumprimentos!

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