sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Os Filhos da Liberdade (Marc Levy)

Esta é a história verdadeira de um grupo de jovens que, em plena ocupação francesa pelas forças nazis, lutaram pelos seus valores e pela sua liberdade. Trata-se da 35ª brigada, da qual o pai do autor fez parte, e cuja história nos é contada num relato profundo, real e emotivo.
Dividido em três fases diferentes, este livro mostra-nos a história de Raymond, conhecido na resistência pelo nome de Jeannot, e do seu irmão Claude, desde os seus primeiros esforços para entrar na resistência, até às suas missões e ao desabar de todos os objectivos. E Marc Levy apresenta-nos esta história cruel e dolorosa de uma forma tão simples, mas ao mesmo tempo tão comovente, que é impossível não se ficar abalado pela tremenda força deste livro.
Não há subterfúgios nem figuras de estilo para tornar a história mais complexa, ou mais profunda. Simplesmente uma história contada de forma simples e directa, um narrar dos episódios que marcaram a vida desses jovens lutadores. Os momentos de acção, os momentos de esperança, os momentos de desespero. Tudo é contado de uma forma tão clara que é impossível não se ficar, em simultâneo, chocado face à crueldade humana, e espantado face à sua capacidade de clemência.
São-nos mostrados os melhores e os piores homens daquele tempo, o melhor e o pior do que foi feito nesse vergonhoso conflito, quem mais sofreu e quem mais julgou beneficiar com a guerra. E é de todos esses pequenos grandes momentos, de todos os episódios que constituem este livro, que fica a grande conclusão deste livro: não importa quanto pareça estar perdido nem quanta dor ou vergonha seja preciso enfrentar. Algures, ao longe, a Primavera está para vir, e, com essa esperança, a chegada da liberdade.
Belo. Comovente. Magistral. Recomendo sem reservas.

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