sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Segunda-Feira Triste (Nicci French)

Ao receber o paciente de um colega e amigo numa fase complicada, a psicoterapeuta Frieda Klein não sabe que se está a envolver na história de um rapto. É que há uma criança nos sonhos do seu paciente: uma criança muito semelhante a Matthew Faraday, recentemente desaparecido. Assim, ao sentir a responsabilidade de comunicar o facto à polícia, Frieda acaba por se ver envolvida na investigação e os seus métodos peculiares acabarão por ser vitais para a descoberta tanto do culpado como do destino de uma criança indirectamente relacionada com outro rapto no passado.
Como grandes forças deste livro, importa destacar, em primeiro lugar, a força compulsiva do enredo e, em seguida, a construção da personalidade de Frieda Klein. Se há, de facto, momentos em que a resposta para algumas questões é relativamente fácil de deduzir, mantém-se, ainda assim, a curiosidade em ver de que forma essas respostas serão apresentadas. E, mesmo nestes momentos, há, por um lado, a personalidade de Frieda e, por outro, a sua interacção tanto com Karlsson como com os elementos mais privados da sua vida, a criar novos pontos de interesse que compensam os aspectos mais previsíveis.
Sendo este o primeiro volume de uma nova série, é natural que algumas perguntas sejam deixadas sem resposta, principalmente no que toca às relações pessoais de Frieda. Assim, circunstâncias como as da relação entre Frieda e o seu mentor, bem como a deste com a do peculiar Josef, ou ainda a atribulada relação com a sobrinha surgem como assuntos que, intrigantes e inacabados, estabelecem já uma linha de continuidade que, possivelmente, terá novos desenvolvimentos em livros seguintes.
De referir, por último, o final que, não sendo completamente surpreendente, acaba por ser uma interessante fuga à habitual resolução total de um caso em que os culpados são apanhados e tudo acaba bem.
Cativante, de leitura agradável, e com uma história interessante, apesar dos momentos mais óbvios, Segunda-Feira Triste é, em suma, um início de série bastante promissor. Fica a curiosidade em saber que novos mistérios se cruzarão no caminho de Frieda Klein - e que surpresas lhe reserva o estranho mundo daqueles que a rodeiam.

Novidade Esfera dos Livros

De repente tudo muda na vida dos homens do 106.º regimento de infantaria do exército britânico. No verão de 1808 deixam para trás as formalidades civilizadas de Inglaterra para combater numa guerra selvagem e brutal, contra os exércitos conquistadores de Napoleão que devastam sem misericórdia toda a Europa, nomeadamente a Península Ibérica. Para Hamish Williams, com falta de meios para conseguir uma comissão e a servir nas fileiras como voluntário, a única forma de progredir é provar o seu valor em ação. Para o pacato Billy Pringle, os rigores de uma campanha militar poderão afastá-lo da bebida e das mulheres que ameaçam ser a sua ruína. Para Hanley, um artista falhado forçado pela pobreza a enveredar pela carreira militar, é a oportunidade para descobrir os limites da sua aversão pela vida militar. E para o educado tenente Wickham, o campo de batalha é o local perfeito para uma criteriosa ascensão social. Sob o comando de Sir Arthur Wellesley, futuro duque de Wellington, um ambicioso general desesperado por encontrar a sua oportunidade para provar que Napoleão não é invencível, partem rumo a Portugal. Cedo os sonhos de uma vitória fácil são postos de lado, a crueldade da batalha da Roliça e do Vimeiro fazem com que estes homens se confrontem com os seus maiores medos, com a força da amizade, da coragem, do amor e da traição.

ADRIAN GOLDSWORTHY estudou no St. John’s College Oxford e lecionou em várias universidades. Publicou diversas obras como The Roman Army at War, Roman Warfare, The Punic Wars (publicado como The Fall of Carthage em livro de bolso), Cannae. A Esfera dos Livros editou em Portugal a obra Generais Romanos, que se encontra já em 4. ª edição, César, A Vida de um Colosso e O Fim do Império Romano.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A Minha Sala de Aula é uma Trincheira (Bárbara Wong)

Existem muitas generalizações (e algumas bastante negativas) associadas à profissão de professor: que não sabem nada, que têm uma vida de vida superior, que os alunos não lhes interessam, que não sabem ensinar... Enfim, ideias que ganharam forma pelas experiências negativas de alguns, ou por interpretações divergentes de diferentes situações. O objectivo deste livro é desmentir os dez principais mitos associados aos professores, percorrendo muitas e diferentes histórias de alunos, pais e professores.
A docência é uma área sobre a qual muitos têm opinião formada: a maioria nunca exercerá essa profissão, mas praticamente todos terão passado pela experiência de se ser aluno, trazendo dela algumas histórias para contar, tanto boas como más. E é neste aspecto que se destaca este livro: se o objectivo é, de facto, quebrar algumas generalizações sobre os professores, há ainda assim o cuidado de contar tanto as histórias que mostram os bons profissionais como as que revelam os que são, efectivamente, maus. É uma área sensível, afinal, já que é da escola que vem uma boa parte da preparação para o futuro e as marcas da experiência escolar (boas ou más) podem ser, de facto, um factor condicionante para escolhas futuras.
Outro aspecto interessante é que, percorrendo toda uma diversidade de histórias e pontos de vista, apresenta-se não só uma visão completa das forças e fragilidades do sistema, mas também uma série de episódios que, em certa medida, podem ser familiares. A experiência de alguma dificuldade em enquadrar-se numa escola, os problemas com um professor que "não tem paciência" (ou tempo...) para explicar devidamente o programa são situações por que muitos alunos terão passados. Por outro lado, as situações de agressividade para com professores são cada vez mais comuns e haverá, seguramente, quem se identifique com alguns dos episódios apresentados neste livro.
Retira-se, portanto, deste livro, uma visão bastante clara e imparcial do que é o mundo dos professores, longe das generalizações muitas vezes pronunciadas, mas feito de bons e de maus exemplos (como todas as áreas). De leitura cativante e com muito de interessante, vale a pena ler este livro.

Novidade Oficina do Livro

Marquesa de Alorna é uma história de amor à Liberdade e de amor a Portugal. A história de uma mulher apaixonada, rebelde, determinada e sonhadora que nunca desistiu de tentar ganhar asas em céus improváveis, como a estrela que, em pequena, via cruzar a noite. Leonor de Almeida, Alcipe, condessa d’Oeynhausen, marquesa de Alorna – nomes de uma mulher única e plural, inconfundível entre as elites europeias. Com a sua personalidade forte e enorme devoção à cultura, desconcertou e deslumbrou o Portugal do séc. XVIII e XIX, onde ser mãe de oito filhos, católica, poetisa, política, instruída, viajada, inteligente e sedutora era uma absoluta raridade. Viu Lisboa e a infância desmoronarem-se no terramoto de 1755, passou dezoito anos atrás das grades de um convento por ordem do marquês de Pombal e repartiu a vida, a curiosidade e os afectos por Lisboa, Porto, Paris, Viena, Avinhão, Marselha, Madrid e Londres. Viveu uma vida intensa e dramática, sem nunca se deixar vencer. Privou com reis e imperadores, filósofos e poetas, influenciou políticas, conheceu paixões ardentes, experimentou a opulência e a pobreza, a veneração e o exílio.

Maria João Lopo de Carvalho é licenciada em Letras pela Universidade Nova de Lisboa. Foi professora de português e de inglês em todos os graus de ensino básico e secundário. Passou pelas áreas de educação e cultura na Câmara Municipal de Lisboa e foi copywriter numa agência de publicidade. Começou a publicar na Oficina do Livro em 2000, com o best seller «Virada do Avesso». Hoje tem 40 títulos editados, vários best sellers, entre romances, livros infantis, livros de crónicas e manuais escolares, e é também autora do novo método de português como língua estrangeira publicado pelo Instituto Camões. Tem tido grande destaque na escrita infanto-juvenil com a colecção «7 irmãos» e é autora recomendada pelo Plano Nacional de Leitura. É cronista regular na imprensa escrita e na televisão. «Marquesa de Alorna» é o seu primeiro romance histórico. Retomou a escrita para adultos após 6 anos a escrever para crianças e jovens.

Novidade Sextante

Nesta colectânea surpreendente, Cheever faz-nos mergulhar num mundo intenso, com cenas que lembram os quadros de Edward Hopper. Um mundo de penhoras forçadas, de pessoas arruinadas, de espectáculos de cabaré, de jogadores desesperados, de esperanças adiadas. É, de certo modo, a descoberta de uma nova dimensão da obra de John Cheever.
Reunindo pela primeira vez os contos da juventude de Cheever, o livro que agora se publica completa o projecto da Sextante de editar a obra de contista de John Cheever, da qual foram já publicados os volumes Contos Completos I e II.

John Cheever nasceu em 1912 no Massachusetts e morreu em 1982 em Nova Iorque. Considerado um dos maiores escritores americanos do século XX, viu a sua obra reconhecida com a atribuição da Medalha Howells da Academia Nacional Americana de Artes e Letras em 1965. É conhecido sobretudo pelos seus contos, quase todos inicialmente publicados na revista The New Yorker. Em 1978, a coletânea dos seus melhores contos, The Stories of John Cheever, recebeu o Prémio Pulitzer de ficção, o Prémio Nacional do Círculo de Críticos e o Prémio Americano do Livro desse ano.
Considerado por John Updike como o melhor estilista da sua geração, elogiado por Saul Bellow e Vladimir Nabokov, John Cheever inscreve-se na linha de escritores como Sherwood Anderson, J. D. Salinger e Raymond Carver.
Além de Contos completos I e II, a Sextante publicou também o seu romance Falconer.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Eu Sou uma Criatura Emocional. E Tu? (Eve Ensler)

Que pensamentos vivem na cabeça das raparigas adolescentes por esse mundo fora? Que preocupações têm? E qual é o ponto comum a todas as situações, aos pequenos e grandes dilemas de cada monólogo? Neste livro, Eve Ensler entra no pensamento de raparigas de diferentes meios e nacionalidades, dando voz ao que as preocupa e expressando o que é, no fim de contas, uma necessidade universal: a liberdade de sentir e de viver esse sentimento.
A adolescência é uma fase complexa e, cada vez mais, os dilemas desta fase de vida têm vindo a ganhar visibilidade. Ainda assim, o facto é que, muitas vezes, quem os atravessa tem a necessidade de esconder. E isto aplica-se tanto às pequenas dúvidas da vida normal como às grandes dificuldades de quem vive em condições precárias. Em textos curtos, sem grandes complexidades de escrita, mas fortes a nível de mensagem, o que a autora apresenta é, acima de tudo, uma visão precisa dos sentimentos, das dúvidas, do isolamento que se sente numa fase de crescimento em que, por vezes, parece que tudo o que não seja directamente racional deve ser suprimido.
É um livro bastante simples. Todos os textos se caracterizam pela simplicidade, por uma certa brevidade e por um foco na mensagem, mais que na forma como esta é transmitida. Fica, portanto, a ideia de que algumas das situações poderiam, talvez, ter sido mais exploradas. Apesar disso, o essencial está lá e, para os que estão na fase de adolescência, ou para quem tem memórias marcantes dessa época, há sempre alguns textos que apresentam algo familiar.
Trata-se, em suma, de uma leitura breve, sem grandes elaborações a nível de construção do texto, mas forte a nível de sentimentos e de mensagem a transmitir. Um livro simples, mas interessante. Gostei de ler.

Novidade Clube do Autor

Será que nos dias de hoje ainda há fidalgos, alcoviteiras e judeus com o mesmo comportamento das personagens de Gil Vicente no seu Auto da Barca do Inferno?
Isabel Zambujal descobriu-os em pleno séc. XXI e seguiu-lhes os passos até ao Cais.
Cinco séculos depois, os defeitos e virtudes dos passageiros mantiveram-se.
Relendo a genialidade de Gil Vicente, a autora não resistiu a abusar do humor e da imaginação. Porque ainda é a rir que se castigam os costumes.

«Inspirada em Gil Vicente, cujo pensamento interpretou magistralmente, Isabel Zambujal mostra-nos de uma forma divertida e quase lúdica o país que somos e em que sociedade nos movimentamos. Vamos descobrir com que olhar, ao mesmo tempo acutilante e subtil, a autora vê este nosso mundo do início do século XXI»
Maria da Conceição Coutinho Bueso, Professora e advogada

Nasceu em Lisboa, em 1965. Sente-se no céu a brincar com as palavras e por isso sempre trabalhou como copywriter em agências de publicidade.
Em 2001, decidiu juntar três coisas que muito gosta - viagens, crianças e escrever - e nasceram os Saltinhos, a sua primeira colecção de literatura infantil, presente no Plano Nacional de Leitura e distinguida pelo ICA para a produção de uma série de animação.
A Menina que Sorria a Dormir, Histórias Escritas na Cara e a colecção Grandes Compositores, já traduzida em Espanha e na Bélgica, são apenas alguns títulos da sua autoria. Como lhe agrada embarcar em novos mundos, estreou-se no universo dos adultos com um delicioso conto para o livro Chocolate - Histórias Para Ler e Chorar Por Mais e prepara-se para ver as suas histórias adaptadas ao teatro.
Hoje desempenha as funções de supervisora criativa na Ogilvy Portugal e passa pouco tempo parada no cais.

Novidade Porto Editora

Pelo correio chega uma série de cartas perturbadoras que terminam com uma declaração inquietante: «Pensa num número qualquer até mil, o primeiro que te vier à cabeça… Repara agora como eu conheço bem os teus segredos.» Estranhamente, aqueles que obedecem constatam que o remetente de tais cartas previu com precisão a sua escolha. Para Dave Gurney, um inspector de homicídios recém-reformado da Polícia de Nova Iorque e amigo de um dos alvos das missivas, o que primeiro lhe pareceu um caso estranho depressa se transforma num complicado quebra-cabeças que levará a uma investigação em grande escala na busca de um pérfido assassino em série.
Convidado como consultor pelo gabinete do procurador, em pouco tempo Gurney consegue alguns avanços na descoberta de pistas que a polícia local negligenciara. Ainda assim, diante de um adversário que parece ter o dom da clarividência e antecipar-se a todos os passos, vê os seus melhores esforços dissiparem-se como areia por entre os dedos. Terá encontrado, ao fim de vinte e cinco anos de carreira exemplar, um adversário capaz de o vencer?
Considerado pela crítica internacional uma obra-prima do suspense, Pensa num Número dá-nos a conhecer uma personagem fascinante, capaz de rivalizar com Sherlock Holmes ou Poirot.

John Verdon trabalhou durante vários anos como diretor criativo em agências de publicidade de Manhattan. Logo após o 11 de setembro de 2001 mudou-se para uma pequena localidade no Norte do estado de Nova Iorque, onde se dedica à escrita a tempo inteiro.
Pensa Num Número, o seu romance de estreia, encontra-se já publicado em 24 países.

Novidades BIS

O mais completo e divertido guia de saúde de que há memória. A partir de um questionário inicial, que permite ao leitor testar os seus conhecimentos, o Dr. Michael F. Roizen e o Dr. Mehmet C. Oz dividiram o corpo por secções, como se de uma casa de tratasse, e a partir daí começaram a explicar o funcionamento de cada “divisão”: o coração, o cérebro, o aparelho reprodutor… esta visita guiada, acompanhada por sugestões práticas que nos tornarão mais jovens e saudáveis, é complementada por uma dieta de 10 dias que nos fará sentir muito mais novos.

Sobre os autores: Dr. Michael F. Roizen – há 12 anos que faz parte da lista dos melhores médicos dos EUA. Especialista em Medicina Interna, preside ao Departamento de Anestesia da Universidade de Chicago. É o criador de um conceito inovador chamado RealAge, através do consegue determinar a idade real (ou seja, biológica) dos seres humanos. Dr. Mehmet C. Oz – é considerado um dos mais cotados cirurgiões cardiovasculares, mas prefere prevenir as doenças cardíacas a ter de operar. Desde 2009 tem o seu próprio programa de televisão, The Dr. Oz Show, com enorme sucesso.

A partir de um caso clínico real (um jovem perturbado pelo suicídio daquela que nem pode sequer definir como sua namorada, tão fugaz foi o relacionamento dos dois), Daniel Sampaio surpreende-nos com esta espantosa quase-ficção.
As emoções que este belíssimo livro provoca, o leitor terá o privilégio de as descobrir-sentir à medida que se deixar envolver por estas páginas preenchidas por dois percursos fascinantes, os de Nuno e Rita, protagonistas num universo que sabemos existir, mas que nem sempre temos a coragem de enfrentar.

Sobre o autor: Daniel Sampaio nasceu em Lisboa em 1946. Centra as suas obras no quotidiano da família e da escola e tem-se dedicado ao estudo e à intervenção junto de jovens em risco. Dos títulos que publicou destacam-se: Ninguém Morre Sozinho (obra de referência sobre o suicídio adolescente); Inventem-se Novos Pais; A Arte da Fuga; Tudo o Que Temos Cá Dentro e Lavrar o Mar. Em 2008, publicou A Razão dos Avós; em 2009, Porque Sim e, em 2010, Futuro. Narrativa de Uma Família.
Participa com regularidade em programas de televisão e de rádio e é cronista da revista Pública, do jornal Público. Daniel Sampaio é professor catedrático de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Lisboa e tem coordenado, no Hospital Santa Maria, unidades de intervenção para adolescentes em crise.

Na madrugada de uma manhã de Inverno, um avião explode a grande altitude sobre o Canal da Mancha.
No meio dos restos de corpos, dos destroços dos carros de bebidas, de cobertores e máscaras de oxigénio, duas pessoas precipitam-se sem paraquedas em direcção ao mar. Agarrados um ao outro durante a sua longa queda, entoam canções rivais até abrandarem a velocidade de descida, flutuando com leveza antes de atingirem a superfície das águas, por sobre a qual caminham depois para, finalmente, serem descobertos numa praia inglesa, vivos. Gibreel e Saladin foram escolhidos (por quem?) para protagonizarem a eterna luta entre o Bem e o Mal.
Na grande roda deste livro, em que o passado e o futuro se perseguem furiosamente, Salman Rushdie arrasta os leitores ao longo de uma jornada épica, feita de risos e de lágrimas, de histórias maravilhosas e espantosos rasgos de imaginação, de uma jornada para o mal e para o bem que habitam juntos no coração de cada mulher e de cada homem.

Sobre o autor: Salman Rushdie nasceu em Bombaim em 1947. É autor dos romances Grimus, Os Filhos da Meia-Noite, Vergonha, Os Versículos Satânicos, Haroun e o Mar de Histórias, O Último Suspiro do Mouro, O Chão Que Ela Pisa, Fúria, Shalimar o Palhaço, Luka e o Fogo da Vida, do livro de contos Oriente, Ocidente, dos ensaios Pisar o Risco, Nicarágua, o Sorriso do Jaguar, Pátrias Imaginárias, e, como co-editor, do The Vintage Book of Indian Writing.
A sua obra granjeou-lhe inúmeros prémios, entre os quais o European Union’s Aristeion Prize for
Literature. É membro da Royal Society of Literature e Commandeur des Arts et des Lettres. Em
1993, o seu livro Os Filhos da Meia-Noite foi considerado o Booker of Bookers, o melhor romance a ganhar o Booker Prize nos seus 25 anos.

Depois de uma longa estada no estrangeiro, Lisbeth Salander regressa à Suécia e instala-se luxuosamente numa zona nobre da cidade. Mikael Blomkvist, que tentara contactá-la durante meses, sem sucesso, desiste e concentra-se no trabalho. À Millennium chega material para uma notícia explosiva: o jornalista Dag Svensson e a sua companheira Mia Johansson entregam na editora dois documentos que provam o envolvimento de personalidades importantes numa rede de tráfico de mulheres para exploração sexual. Quando Dag e Mia são brutalmente assassinados, todos os indícios recolhidos no local do crime apontam uma suspeita, Lisbeth Salander, e a polícia move-lhe uma implacável perseguição. Salander, que está disposta a romper de vez com o passado e a punir aqueles que a prejudicaram, tem agora de provar a sua inocência e só uma pessoa parece disposta a ajudá-la, Mikael Blomkvist que, apesar de todas as evidências, se recusa a acreditar na sua culpabilidade.

Sobre o autor: Stieg Larsson (1954-2004) foi jornalista e editor da revista Expo. Foi um dos mais importantes peritos mundiais no estudo de movimentos antidemocráticos, de extrema-direita e nazis.
Morreu subitamente pouco tempo depois de entregar à editora sueca os três volumes da trilogia Millennium. Tragicamente, não viveu para assistir ao fenómeno mundial em que a sua obra se tornou.

Primeiro romance de António Lobo Antunes, publicado em 1979. Claramente autobiográfico, a obra desenrola-se num único dia. Regressando de Angola e separado da mulher e das filhas, o protagonista revela ao longo da narrativa a sua grande mágoa e conflitos em relação à separação e as marcas que lhe deixaram a guerra em Angola.

Sobre o autor: António Lobo Antunes nasceu em Lisboa, em 1942. Estudou na Faculdade de Medicina de Lisboa e especializou-se em Psiquiatria. Exerceu, durante vários anos, a profissão de médico psiquiatra. Em 1970 foi mobilizado para o serviço militar. Embarcou para Angola no ano seguinte, tendo regressado em 1973. Em 1979 publicou os seus primeiros livros, Memória de Elefante e Os Cus de Judas, seguindo-se, em 1980, Conhecimento do Inferno.

Novidades Planeta

Tudo acontece em Abril de 1961, no dia em que Yuri Gagarin saiu da órbita terrestre, oferecendo à humanidade novas possibilidades.
Enquanto aquela vitória tecnológica pintava um quadro de paz, progresso e justiça social, numa pequena cidade da antiga zona do café fluminense, dois meninos de 12 anos encontram o corpo de uma bela mulher, que foi morta e mutilada, nas margens de um lago.
A brutalidade do assassinato impressiona os meninos, que não aceitam a explicação oficial do crime, segundo a qual o culpado seria o marido. Começam uma investigação ajudados por um velho que mora no asilo da cidade, um ex-preso político da ditadura Vargas, que esconde a motivação do seu interesse no assunto.
Dele, os meninos ouvem um aviso que marca o começo de um turbilhão de acontecimentos surpreendentes: «Nada neste país é o que parece.»

Edney Silvestre é escritor e jornalista. Foi correspondente do jornal O Globo e da TV Globo, em Nova Iorque, de 1991 a 2002, tendo sido o primeiro jornalista brasileiro a chegar ao local aquando dos atentados às torres do World Trade Center, em Nova Iorque, e assinado várias reportagens no Iraque e em todo o continente americano.

O Maurício da Gama é um tipo ESQUISITO. Chegou agora à nossa escola e é diferente de nós em tudo!
A minha mãe diz que eu tenho de ir à festa de anos dele e levar-lhe uma
prenda, bolas! Aposto que não me vou divertir nem um bocadinho…

Mas afinal, o Maurício da Gama vai revelar-se uma bela surpresa, tal como David Mackintosh, o autor e ilustrador deste divertido livro sobre
a aceitação da diferença, que é uma revelação na literatura infantil anglo-saxónica.

David Mackintosh nasceu em Belfast e cresceu na Austrália.
É director de arte, designer gráfico e ilustrador. Já trabalhou em publicidade, teatro, televisão e imprensa, e colaborou com ilustradores e fotógrafos em vários projectos.
Os seus projectos de ilustração e design de livros infantis e generalistas já lhe valeram inúmeros prémios a nível internacional.
Este ano publicou o primeiro de dois livros de fotografia para a Harper Collins Publishers e está a preparar uma exposição de ilustrações em Sydney.
Vive em Londres, desenha muito e construiu um modelo de plástico de um módulo lunar ao criar este livro.

O primeiro livro da jornalista Mónica Menezes é o manual perfeito para cada adolescente «controlar a cena» da sua vida e para os pais entrarem no universo daqueles estranhos seres em que os seus filhos parecem ter-se transformado.
Como se diz neste livro: «Bem-vindo à loucura – o teu mundo é uma revolução, acredita…» Tudo acontece ao mesmo tempo e as dúvidas disparam: os pais são uns caretas, a escola é uma seca, as cenas de valor são bué, as escolhas e as paixões não têm fim. É difícil fazer perguntas e dar parte de fraco.
Esta é a app de sobrevivência que faltava aos adolescentes: para ler, absorver e responder às grandes dúvidas, mesmo as que eles não gostam de confessar que têm: namoro, sexo, redes sociais, escola, pais, dependências.


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Cartas Vermelhas (Ana Cristina Silva)

Carol é uma mulher de ideais. É por isso que, ao chegar a Portugal, se sente na necessidade de mudar algo do mundo e ingressa no Partido Comunista. Assim, começa uma vida de risco, de paixões... e de separações. Pois de uma paixão com um camarada nascerá a filha da qual Carol terá de se afastar por longos anos. E, com o passar do tempo e a distância inevitável, será, mais que o perigo, a mudança ou o quebrar das ilusões, essa perda a motivar a confissão.
Apresentada como um desfiar de memórias, uma confissão à filha com quem a ligação se perdeu, a história de Carol é construída a dois tons. Alternando entre capítulos na primeira pessoa, mais pessoais e mais pautados pelo sentimento, e uma narração mais centrada nos factos, nos capítulos escritos na terceira pessoa, a narrativa constrói-se tanto da esperança quase tímida, algo resignada, que transparece na voz de Carol durante a sua viagem, como do tom directo e mais distante com que o seu passado é contado. O resultado é um livro de ritmo pausado - para o qual contribui a reduzida presença de diálogo - e em que a empatia se constrói aos poucos, à medida que as consequências de cada experiência ganham nitidez.
Mas não é apenas a nível de voz narrativa que se notam os contrastes. A própria Carol muda, ao longo do seu percurso, e a sua percepção das coisas é bem diferente na fase final, longe do idealismo ingénuo do início. Além disso, há algo que se insinua com o decorrer da narrativa, a certeza de que, mesmo quando a resolução dos problemas não é a pior, há sempre consequências para cada escolha. E isto manifesta-se também no final do que é também uma história de amor, mas uma visão bem real deste sentimento, onde as ilusões da paixão também se desvanecem com o tempo e com as dificuldades.
Um livro interessante, em suma, escrito de forma cativante e que, apesar de um ritmo pausado que exige ao leitor uma grande dose de atenção, apresenta um muito interessante percurso de dificuldades... e de como se lhes pode sobreviver.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Na Senda da Memória... (Sónia Cravo)

Mateus é um indivíduo que não pensa senão nas suas próprias necessidades. Passando de mulher em mulher não pensa senão no prazer que pode retirar do acto sexual. Até ao dia em que um amigo é assassinado, deixando nas suas mãos algo que pode trazer os assassinos no seu encalço. Então, numa fuga desesperada e delirante, Mateus revive o passado, em busca de um refúgio possível, ao mesmo tempo que, na descoberta das suas faltas, se encontra também com outras histórias de perda.
Há uma certa estranheza que acompanha os capítulos iniciais deste livro, em grande parte devido ao estilo de escrita muito próprio, cativante, mas algo rebuscado e exigindo uma certa atenção para apanhar o ritmo à narrativa. Além disso, Mateus não é propriamente uma personagem exemplar e o seu comportamento - principalmente para com as mulheres - desperta tudo menos empatia.
Mas depois acontece a morte de Ricardo e o ritmo da narrativa muda por completo. Não é o crime o motivo central, mas a ameaça à vida de Mateus coloca-o perante uma necessidade imperiosa de agir e, conjugando o medo, o delírio e um certo egoísmo característico da personagem, a reacção da fuga é apenas natural, servindo como ponto de partida a uma viagem de recordação... e de descoberta.
Porque é principalmente de descoberta que se trata e, passada a fase algo surreal dos delírios, Mateus descobre nos que o rodeiam um motivo para crescer a nível de valores, sendo neste crescimento que se formam os melhores momentos do livro. Laura e o seu tio ganham sobre o protagonista uma influência inevitável e é na convivência com estes dois que se conclui, para Mateus, um ciclo de mudança. Ciclo que é, afinal, a essência deste livro e que, apesar de algumas questões sem resposta, culmina com um final algo aberto, mas que encerra todos os pontos essenciais.
Complexo tanto a nível de escrita como de imagens, Na Senda na Memória... é um livro que exige do leitor uma atenção quase constante, principalmente nos capítulos iniciais. Vale a pena, ainda assim, descobrir a história entre as imagens reais e os delírios surreais do protagonista e percorrer com ele este breve, mas estranhamente vasto, caminho de descoberta de si mesmo.

domingo, 25 de setembro de 2011

Segredos de Sangue (Charlaine Harris)

Depois dos acontecimentos da curta (mas violenta) Guerra dos Fae, Sookie concentra-se em recuperar algo de uma desejada normalidade. O seu ponto de refúgio é, principalmente, Eric, o seu amante vampiro. Mas há algo em Sookie que atrai problemas e entre as atribulações da política vampírica, um pedido de auxílio da parte dos lobisomens, uma fada com motivos para odiar e o surgir de algumas figuras do passado, não há muito espaço para a tranquilidade.
Ao décimo volume desta série, é interessante notar que, apesar de os elementos essenciais - muita acção, escrita simples, ritmo viciante - continuarem presentes e em força, outros há que passaram para um nítido segundo plano. Apesar de muitos dos seus pretendentes continuarem presentes, a vida amorosa de Sookie parece ter, finalmente, atingido alguma estabilidade, deixando espaço para maiores desenvolvimentos a nível quer da acção, quer da caracterização do passado de outras personagens.
Como habitual, há muito a acontecer. Mortes misteriosas, ataques inesperados, ódios mortais e alguma intriga política... Tudo isto se conjuga numa história que, desenvolvida de forma bastante simples, mantém, ainda assim, a curiosidade em saber mais. Apesar disso, o elemento mais marcante diz respeito ao domínio das relações familiares. Sookie aprende a conviver com o primo Claude, tenta ajudar o primo Hunter e descobre que Dermot não é o vilão que pensava ser. Por sua vez, Bill (cuja presença é discreta, mas marcante, neste livro) e Eric, reencontram-se com elementos da sua família vampírica, sendo as consequências, no caso do último, bastante inesperadas.
Fica, mais uma vez, a impressão de que o final poderia ter sido um pouco mais desenvolvido. Ainda assim, as surpresas são bastantes e a história nunca deixa de ser cativante. É, ainda, muito bom reencontrar personagens que, ao longo desta já longa série, já se tornaram, de certa forma, familiares. E, por tudo isto, vale a pena ler esta nova aventura.

Papá das Pernas Altas (Jean Webster)

Para Jerusha Abbott, a fronteira do mundo está no orfanato onde cresceu. Até ao dia em que um misterioso benfeitor decide suportar todas as despesas de a mandar para a universidade. A condição é apenas uma: que Jerusha lhe escreva uma carta mensal a dar conta dos seus progressos. Mas cedo as cartas da jovem orfã se revelam pessoais e cheias de afecto, bem como marcadas pela curiosidade em descobrir a identidade do seu benfeitor.
Leve e divertido, este livro é, ao mesmo tempo, uma história de crescimento e uma história de amor. Composto, na maioria, pelas cartas de Jerusha, é possível ver a forma como a posição desta perante o seu benfeitor muda, consoante as circunstâncias e apesar do silêncio vindo do destinatário das suas cartas. O que transparece, portanto, é uma personalidade forte, mas com os seus momentos de carência, e uma rapariga alegre e determinada, cheia de sonhos apesar do pouco que conhece do mundo e, por isso mesmo, maravilhada com cada descoberta.
É particularmente interessante o tom alegre que transparece das cartas de Jerusha e que se complementa com as ilustrações simples e não particularmente "artísticas" que acompanham as cartas da jovem. Numa história que é, no essencial, bastante simples, apesar de alguns momentos surpreendentes, é principalmente no tom pessoal com que a protagonista relata a sua evolução que está a principal força deste livro.
De leitura agradável, com momentos bastante divertidos e uma história leve e cativante, Papá das Pernas Altas é um livro que cativa pelas pequenas coisas. Fica a curiosidade sobre alguns aspectos - principalmente sobre as motivações iniciais do benfeitor - mas o essencial está lá. Gostei.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Frankenstein - A Cidade das Trevas (Dean Koontz)

Há elementos da Nova Raça espalhados por toda a parte, ocupando posições importantes com o objectivo de encaminhar os acontecimentos no sentido da Última Guerra. Mas nem tudo vai bem no plano de Victor Helios. Acções inexplicáveis - e supostamente impossíveis - começam a manifestar-se nos seres da Nova Raça, mudanças que nem o próprio Victor consegue explicar. E, agora que há humanos com conhecimento das suas experiências, é importante que estes sejam eliminados. Mas como, se os dois detectives contam com um aliado invulgar?
Tal como no primeiro livro, destaca-se como grande força o ritmo compulsivo deste livro. Capítulos curtos, uma escrita fluída e agradável e muita, muita acção dão forma a uma narrativa cativante, cheia de surpresas e onde diferentes personagens se cruzam para dar vida a esta história de ambição, megalomania... e (des)humanidade.
Ao acompanhar várias personagens - ainda que algumas delas nem sequer cheguem a cruzar-se - o autor constrói uma visão global do que é, afinal, um plano de domínio universal por parte de Victor Helios. Mas há também um outro lado interessante para esta variedade de personagens, e é a visão mais pessoal de cada uma das principais figuras desta história. Helios, o criador da Nova Raça, surge como uma figura fria, centrada em si mesma e disposta a tudo para cumprir o seu plano. Deucalião, por seu lado, revela uma humanidade surpreendente para alguém da Nova Raça. E a este contraste, já evidente no livro anterior, juntam-se agora as diversas disfunções das criações de Victor, algumas tornando-se simplesmente incontroláveis, outras desenvolvendo algo que se aproxima da emoção humana.
Eis, portanto, uma interessante (e viciante) continuação para os acontecimentos de O Filho Pródigo, uma história intensa e cheia de acção, com um final que deixa muitíssima curiosidade para ver que acontecimentos se seguirão no volume seguinte. Cativante e surpreendente, um livro fantástico.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

As Quatro Últimas Coisas (Paul Hoffman)

De regresso ao santuário dos Redentores, e dividido entre o impacto da traição e o desejo de vingança, Thomas Cale parece ter aceitado o seu suposto destino. É que, para onde quer que vá, a morte segue e, ainda que a sua única vontade seja a de ser deixado em paz, a sua única escolha é permanecer ao lado de um homem que odeia. Ao seu alcance está um poder quase absoluto. Mas, faça Cale o que fizer, a sua reputação está condicionada à influência de Bosco. E, por isso, tanto os seus actos como os seus planos têm de pesar ao mesmo tempo os seus interesses como as exigências dos que o rodeiam. Tem de ser, ainda e sempre, a imagem da ira de Deus.
Construído, em vários aspectos, como um volume de transição, a impressão geral que fica deste livro é a da movimentação de peças, como num jogo de xadrez, em preparação para uma jogada maior. Há, é claro, uma série de acontecimentos importantes, mas que funcionam, no essencial, como base para uma grande mudança cujas consequências estão ainda por ver. E se Cale está, de facto, no centro de tudo isto, há, ainda assim, uma visão mais geral dos acontecimentos, surgindo o protagonista mais como o comandante ou como a figura semi-divina e menos no seu lado mais humano.
Há uma mudança notável na caracterização de Cale, agora marcado pelos acontecimentos do passado e, como tal, bastante mais fechado. Ainda que a sua posição pessoal não seja muito marcada, destaca-se ainda assim a atitude provocadora para com um aliado desagradável, em oposição à estranha amizade que une Cale a Henri Vago. São, na verdade, estes pequenos momentos, alguns de uma leveza surpreendente, que fazem a verdadeira transição entre os grandes acontecimentos, alguns deles descritos num tom algo distante - talvez devido a uma influência que se exerce mais no sistema que na vida do próprio Cale.
Importa referir também a evolução de um universo que conjuga elementos do mundo real com uma adaptação muito peculiar de elementos da narrativa bíblica. Ainda que, nalguns casos, a inspiração bíblica seja bastante familiar, a visão geral apresenta algumas particularidades interessantes e os meandros do funcionamento dos Redentores - com toda uma vastidão de intrigas, ódios, interesses e traições - têm muito de cativante.
Trata-se, em suma, de uma leitura cativante e que, apesar de alguns momentos que poderiam ter sido um pouco mais desenvolvidos, cria para O Braço Esquerdo de Deus uma continuidade interessante e com um final surpreendente. Gostei.

Novidades Guerra & Paz

O drama de uma criança que se vê obrigada a deixar o amor pelo pai e seguir a vida em frente quando a mãe decide separar-se.
Poderá o profundo amor de uma filha ser mais forte do que tudo?

Anos 60, Daley, uma criança de 11 anos, tenta conciliar dois mundos em conflito: o da mãe, uma mulher liberal e socialmente comprometida e o do pai, Gardiner Amory, um homem conservador e decadente, com os dias marcados pelo álcool. A mãe decide separa-se, Gardiner revela-se e a criança vê-se obrigada a escolher entre o amor do pai e a própria sobrevivência. Daley cresce e consegue criar a sua própria vida, em tudo diferente da vida do pai até ao dia em que ele bate no fundo e ela tenta ajudá-lo, arriscando perder tudo o que conseguiu até mesmo o amor da vida dela, Jonathan.
Para Oprah a obra de Lily King é «um romance luminoso», e já foi aclamado o melhor livro do mês da Amazon em Julho de 2010.

«Não se preocupem com a genialidade, nem se preocupem por não serem espertos. Acreditem sobretudo no trabalho árduo, na perseverança e determinação. O melhor lema é: não refiles», este é apenas um dos conselhos de Conn e Hal Iggulden presentes na obra Livro Perigoso para Rapazes.

O livro perfeito para todos os rapazes dos 8 aos 80 volta às livrarias na 4ªa edição. Um bestseller mundial, um sucesso em Portugal. Uma divertida e brilhante enciclopédia que ensina os rapazes a serem rapazes e a redescobrirem o prazer físico da brincadeira. Com esta obra, os rapazes de hoje podem aprender a construir uma casa na árvore, a fazer o melhor avião de papel do mundo e os cinco nós que todos os rapazes devem saber fazer. Mas este livro é também um extraordinário conselheiro: ensina os rapazes de hoje, baseando-se na experiência dos rapazes de ontem, o que são, o que querem e com que sonham as raparigas.
São 288 páginas de curiosidades, com partes lúdicas e históricas e experiências que pode vir a realizar independentemente da idade.

Novidade Bertrand

Em 1348, aos vinte e dois anos, Joana I, rainha de Nápoles, foi apresentada em julgamento ao Papa, acusada do homicídio do primo e marido, o príncipe húngaro André. Defendeu-se em latim e foi absolvida transformando-se então na única mulher monarca do seu tempo a governar em nome próprio. Presidiu durante mais de trinta anos a uma das cortes europeias mais prestigiadas e influentes, até ser ela própria assassinada.
Pela primeira vez, Nancy Goldstone conta a história de uma das mais corajosas e influentes mulheres da história, pintando um retrato cativante da realeza medieval em toda a sua esplêndida complexidade.

Nancy Goldstone é autora de cinco livros de História, entre os quais se destaca As Quatro Rainhas, publicado pela Bertrand. Vive em Westport, no Connecticut.

Novidade Porto Editora

Aos oitenta e cinco anos, Gregorio Caccialupi passa em revista uma vida intensa marcada por contrariedades e vitórias. Para trás ficam as recordações de uma infância pobre na Itália dos anos 1930 e uma decisão que mudou para sempre a sua vida – emigrar para a América em busca de um futuro melhor.
Ambicioso e determinado, coleciona sucesso atrás de sucesso e uma série de mulheres procuram conquistar o seu coração - Florencia, o seu primeiro amor, Nostalgia, com quem se casou, e Erminia, a sua derradeira paixão. Com o decorrer do tempo, Gregorio Caccialupi torna-se Mister Gregory, dono de uma importante cadeia de hotéis, um homem rico e influente. Porém, um investimento mal calculado leva-o à ruína.
Conformado com a sua vida discreta num lar de idosos, está longe de saber que um encontro inesperado lhe trará uma revelação surpreendente e a possibilidade de retomar as rédeas do seu destino.

Reconhecida como a signora do bestseller italiano, com 11 milhões de exemplares vendidos, Sveva Casati Modignani está traduzida em 17 países e é hoje uma das autoras mais populares em Portugal. No catálogo da Porto Editora figuram já os seus romances Feminino Singular, Baunilha e Chocolate, O Jogo da Verdade, Desesperadamente Giulia, O Esplendor da Vida e A Siciliana.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A Passagem - volume I (Justin Cronin)

Um vírus capaz de prolongar indefinidamente a vida humana - mas com efeitos devastadores - está na base de um protocolo experimental organizado pelos Estados Unidos. As cobaias são, inicialmente, um grupo de condenados à morte... e uma criança de seis anos. Tudo é secreto. Tudo está controlado... Até ao dia em que a confusão se instala, iniciando-se uma mudança que fará do mundo um lugar completamente diferente.
Há uma longa e complexa história a descobrir neste livro. E, contudo, é muito fácil entrar no ritmo da narrativa. A escrita é cativante, conjugando as medidas certas de tensão, num equilíbrio entre contextualização e acção que torna a leitura fluída e agradável. Há momentos naturalmente mais pausados e outros em que, em poucos instantes, tudo parece mudar. E há, nas fases que antecedem cada mudança, uma insinuação de que algo de marcante está para acontecer, mantendo constante a curiosidade do leitor.
Sendo uma narrativa que percorre um longo período de tempo - e tenha-se em conta que este é apenas o primeiro volume - é apenas natural que algumas personagens desapareçam para dar lugar a novos protagonistas. Também nisto o autor opera com mestria. Das figuras das primeiras partes do livro destaca-se Wolgast, dividido entre o que é o seu trabalho (e dever para com os seus superiores) e a consciência que o faz agir de forma diferente, empurrado pelo seu próprio passado para dúvidas de consciência. Com o decorrer do tempo - e as grandes mudanças - torna-se mais marcante a história de Peter e são as suas experiências a dar a um mundo agora tão diferente um lado mais pessoal. E a unir todas as histórias, das mais desenvolvidas aos elementos mais secundários, está Amy, a criança que permanece, apesar de tudo, um enigma.
De referir ainda as questões que, abordadas de forma cativante, dão força a uma narrativa que é, por si só, muito interessante. Perguntas como os perigos de certas experiências, a capacidade de reacção perante uma catástrofe, o que mudaria, e - talvez principalmente - o porquê de muitas grandes descobertas serem imediatamente avaliadas pelo seu potencial bélico são apenas alguns dos aspectos que, neste livro, apelam à reflexão.
Cativante, complexo e com muito de interessante tanto a nível de tema, como de acção e de personagens, o impacto final deste primeiro volume de A Passagem é, em todos os aspectos, muito positivo. Fica, agora, a vontade de ler o segundo volume o mais cedo possível.

Novidade Bertrand

Aos oitenta e dois anos e com uma saúde frágil, Olivia sabe que não lhe resta muito tempo. É a última da sua descendência e enfrenta uma escolha colossal: expor um segredo de família há muito escondido ou levá-lo consigo para o túmulo.
Em sua posse encontram-se cartas que provam que, aos dezassete anos, a sua prima e freira Catherine, agora morta e em vias de ser beatificada, deu à luz um rapaz, que entregou para adopção. Hoje, duas gerações mais tarde, Monica Farrell, uma pediatra de trinta e um anos, neta de Catherine, é a herdeira legítima do que resta da fortuna familiar, mas não o sabe.
Poderá Olivia trair o segredo da prima morta para que se faça justiça? Além da sua consciência, tem mais um forte obstáculo: alguns dos familiares que usufruem da fortuna tudo farão para a silenciar…

Mary Higgins Clark é autora de mais de trinta romances que obtiveram um êxito assinalável, tendo vendido mais de 150 milhões de exemplares dos seus livros em todo o mundo.
Foi secretária e hospedeira, mas depois de se casar dedicou-se à escrita. Com a morte prematura do marido, que a deixou com cinco filhos pequenos, a autora investiu na escrita de guiões para rádio e, depois, nos romances. Rapidamente se tornou um dos grandes nomes da literatura de suspense, conquistando os tops de vendas, a crítica e os fãs. Foi eleita Grand Master dos Edgar Awards 2000 pela Mystery Writers of America, que também lançou um prémio anual com o seu nome. Já foi presidente da Mystery Writers of America, bem como do International Crime Congress.

Novidades Casa das Letras para Outubro

Voo Noturno e Correio do Sul
Antoine de Saint-Exúpery
Ficção Literária

Voo Noturno descreve-nos a trágica aventura de um pioneiro do ar e em Correio do Sul as memórias do aviador, entrelaçadas com uma intriga internacional, dão-nos a conhecer o homem por detrás do herói.

Nas livrarias a 24 de Outubro.



Citações e Pensamentos de Bocage
Paulo Silva
Sabedoria Popular

Bocage foi o grande mestre da expressi­vidade poética, construindo uma obra onde coloca a fluência e a clareza da pro­sa ao serviço da poesia. Poeta de grandes explosões e convulsões, consegue como nenhum outro a perfeita ressonância dos sentimentos num harmonioso equilíbrio de escrita, resultando em expressões dra­maticamente apaixonadas e um espírito sempre no limite da emoção.
As citações, os textos temáticos e os so­netos reunidos neste livro traduzem os muitos momentos expressivos deste grande poeta.

Nas livrarias a 17 de Outubro.

A Jesuíta de Lisboa
Titus Müller
Ficção Histórica

Antero Moreira de Mendonça odeia os jesuítas. Quando em 1755 um terramoto de proporções bíblicas arrasa a cidade de Lisboa e os Jesuítas pregam publicamente a fúria de Deus, o jovem entusiasta das ciências naturais vê chegada a oportunidade de se vingar da Companhia de Jesus. No entanto, Gabriel Malagrida, o líder dos Jesuítas a quem o povo reconhece poderes proféticos, revelar-se-á um opositor à altura. Contando com a ajuda de Leonor, filha de um comerciante alemão, Antero irá conseguir escapar ao cadafalso e à masmorra. Aquilo que Antero desconhece é que Leonor se conta entre os fiéis seguidores da ordem jesuíta. Que partido acabará o coração de Leonor por tomar? O de Antero ou o dos seus correligionários jesuítas?

Nas livrarias a 10 de Outubro.

Mulheres de Ditadores
Diane Ducret
História

Chamavam-se Inessa, Clara, Nadia, Magda, Felismina, Jiang Qing, Elena, Catherine…
E eles Lenine, Mussolini, Estaline, Hitler, Salazar, Mao, Ceausescu, Bokassa.
Diane Ducret relata em detalhe os momentos, as estratégias de sedução, os casos amorosos, as intervenções políticas e os destinos diversos, ocasionalmente trágicos, das mulheres que cruzaram o caminho ou passaram pelo leito dos ditadores.

Nas livrarias a 10 de Outubro.

O Ouro dos Corcundas
Ficção Histórica
Paulo Moreiras

A guerra entre Absolutistas e Liberais está ao rubro quando Vicente Maria Sarmento retorna a Chão de Couce, após receber a notícia da morte do pai. Mas esse regresso tem um sabor duplamente amargo; em Lisboa, onde viveu os últimos anos, Vicente Maria pertenceu a um bando de salteadores e esteve preso no Limoeiro, donde só saiu por obra e graça dos malhados, que assaltaram a cadeia para libertar os partidários de D. Pedro. Antes de seguir para casa da mãe, para sossego do corpo e do espírito, Vicente Maria dirige-se para a Venda do Negro, acabando a noite nos braços da puta Tomásia, que nunca esqueceu e a quem promete casamento e vida honesta.

Nas livrarias a 17 de Outubro.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Turno da Noite (Nora Roberts)

Quando a locutora Cilla O'Roarke começa a receber ameaças de morte no seu programa de rádio, o seu caminho cruza-se, inevitavelmente, com o do detective Boyd Fletcher. Mas, apesar do seu temperamento difícil, da sombra do passado e do perigo de vida, a relação entre vítima e detective cedo passará a mais que um simples contacto profissional. Até porque Boyd não está disposto a permitir que isso aconteça.
Começando pelo que me parece ser o ponto mais interessante deste livro, há uma premissa bastante interessante no toque de mistério criado pelas ameaças de morte. O problema é que, a partir do momento em que Boyd entra em cena, o mistério passa para um muito (demasiado) discreto segundo plano, dando lugar a um romance onde muito parece acontecer muito depressa e, por isso, apesar de alguns momentos bons, há bastante a parecer forçado.
Há uma interacção algo estranha entre o casal protagonista. Para alguém que se supõe capaz de compreender na perfeição aquilo de que Cilla precisa, a sua personalidade acaba por se revelar demasiado arrogante, e a incapacidade de aceitar um "não" aliada ao pretenso direito de tomar decisões sobre a vida alheia tornam alguns dos seus comportamentos bastante irritantes. Os mesmos comportamentos que, aceites com uma relutância que cedo se desvanece, fazem de Cilla uma personagem algo contraditória.
Existem alguns elementos cativantes, principalmente no que toca à vida numa estação de rádio - num tempo em que os discos eram em vinil. E a escrita acessível torna a leitura bastante fácil e, de modo geral, agradável. Ainda assim, a impressão final é a de uma história que poderia ter sido muito melhor, se o romance não fosse tão forçado e se o elemento de mistério tivesse sido mais desenvolvido.

Novidades Dom Quixote para Outubro

O Filho do Desconhecido
Alan Hollinghurst
Ficção Universal

No final do Verão de 1913, nas vésperas da Grande Guerra, o jovem poeta aristocrata Cecil Valance passa um fim-de-semana em “Dois Acres”, a casa da família do seu amigo e colega de Cambridge, George Sawle. São dias intensos para todos, mas é em Daphne, irmã de George, que o seu impacto será mais duradouro, pois Cecil escreve-lhe um poema que virá a tornar-se num marco para toda uma geração.
Tendo como pano de fundo um século da vida britânica, O Filho do Desconhecido é um retrato envolvente de uma Inglaterra em constante mutação, um romance sobre o poder duradouro do desejo e a forma como o coração cria as suas próprias lendas.
Alan Hollinghurst estará em Lisboa, de 14 a 16 de Novembro, para promover este seu mais recente romance, que, recorde-se, foi nomeado para o Man Booker Prize 2011.
Nas livrarias a 30 de Outubro.

O Peregrino Secreto
John le Carré
Ficção Universal

Derrubado o Muro de Berlim, está aberta a Cortina de Ferro. O Peregrino Secreto é Ned, um agente leal e honesto do período da Guerra Fria, que fez parte dos Serviços Secretos britânicos durante toda a vida. Agora, no final da sua carreira, tem por tarefa formar uma nova geração de espiões. No jantar de fim de curso, é arrastado para uma viagem sentimental através da sua própria vida, desde o recrutamento à iminente aposentação. O resultado é uma deslumbrante série de episódios – em parte cómicos, em parte líricos, em parte trágicos –, cada um deles constituindo um marco ao longo do percurso deste “peregrino secreto”.
Nas livrarias a 17 de Outubro.

Némesis
Philip Roth
Ficção Universal

No “calor demolidor da Newark equatorial” grassa uma epidemia aterradora que ameaça de mutilação, paralisia, incapacidade irreversível e mesmo de morte as crianças de Nova Jérsia. É este o tema surpreendente e lancinante do novo livro de Philip Roth: uma epidemia de poliomielite em tempo de guerra, no Verão de 1944, e o efeito que tem sobre uma comunidade de Newark, coesa e assente nos valores da família, e nomeadamente sobre as suas crianças.
Nas livrarias a 10 de Outubro.

Segredo Oculto em Águas Turvas - Outono
Mons Kallentoft
Ficção Universal

Chove torrencialmente sobre Skogsa, a relíquia medieval nos arredores de Linköping, e as grandes gotas caem sobre o corpo que flutua nas águas do fosso que rodeia o castelo. O advogado Jerry Petersson, o novo e rico proprietário, conhecido pelo seu espírito impulsivo e irascível, nunca mais resolverá novos casos. Chamada a investigar o crime, Malin Fors suspeita dos Fagelsjö, uma família aristocrática que, por problemas financeiros, foi forçada a vender a Jerry Petersson a propriedade há séculos na família. Mas seria isso motivo suficiente para o homicídio? Ou será que por detrás dos muitos milhões, das obras de arte valiosas, dos fatos caros e do sucesso nos negócios, Jerry Petersson não era quem parecia?
Nas livrarias a 24 de Outubro.

A Menina é Filha de Quem?
Autores Língua Portuguesa
Rita Ferro

A autora ficciona as suas memórias pessoais num romance intimista onde conta as suas origens e a sua história familiar. A viagem começa nos anos 50 e atravessa uma época de obediência em que, apesar do meio artístico em que cresceu, a originalidade não é encorajada. As pessoas que povoam o seu imaginário são conhecidas: Fernanda de Castro, António Ferro, António Quadros, Ruben A., Almada Negreiros, Natália Correia, Ary dos Santos, David Mourão-Ferreira e até Fernando Pessoa.
Este não é um romance de Rita Ferro, é o romance de Rita Ferro.
Nas livrarias a 17 de Outubro.

Novidades Babel (3 de Outubro)

Uma Parte do Todo é uma aventura inesquecível que vai desde a vertigem do primeiro amor até às amarguras de uma ambição falhada por gerações sucessivas de anti-heróis.
Aclamado pela crítica internacional, foi a primeira vez que uma obra de estreia de um autor não britânico se tornou finalista do Booker Prize. Steve Toltz foi também finalista do Guardian First Fiction e tem a sua obra traduzida em mais de vinte países, tendo alcançado o estatuto de bestseller em todos eles.
O The Independent classifica o romance de “Louco”, o Camberra Times de “Notável”, o El País de “Surpreendente”, o Les Inrockuptibles de “Monstruoso”, o Taipei Tomes d “Inigualável”, o Pravda de “Espantoso”, o Die Welt de “Magnífico”, o Sankei Shimbun de “Épico” e o Indian Times de “Poderoso”.
“As famílias são todas iguais – as loucas têm, cada uma, a sua loucura.”
Um romance delicioso que acompanha a saga de uma família australiana muito pouco normal: Jasper é o filho idealista que vai crescendo ao longo do livro; Martin é o pai que quer ser o homem mais odiado da Austrália e deixar a sua marca no mundo; e Terry é o tio, um infame criminoso.
A obra leva-nos a uma viagem pelos sabores do mundo; atravessa as florestas australianas, percorre a boémia Paris, explora as selvas da Tailândia e penetra entre labirintos, asilos e albergues de criminosos.
Steve Toltz nasceu em Sidney, na Austrália, em 1972.
Estudou na Universidade de Newcastle, Nova Gales do Sul em 1994.
Antes de iniciar a carreira literária viajou pelo mundo, tendo vivido em Montreal, Vancouver, Nova Iorque, Barcelona e Paris. Toltz tem um currículo profissional bastante diversificado, tendo sido operador de câmara, telefonista, segurança particular, investigador privado, professor de inglês e argumentista.

David Schearl é uma criança perigosa. Vive com os seus pais num gueto judaico de Nova Iorque, no Lower East side da grande metrópole do começo do século XX, uma zona de miséria e confusão de línguas e culturas onde a miséria e fome a que os emigrantes fugiam no velho continente, aparece por vezes com mais força ainda.
Neste local onde a esperança morre com tudo o mais, nesta babel onde o desentendimento e a incapacidade de comunicar são o pão de cada dia à falta daquele que é feito com farinha; neste buraco onde as culturas se diluem num esforço de integração com algo incompreensível, David vive num mundo repleto de imaginação.
O livro foi escrito em 1934, mas foi redescoberto pela crítica nos anos 60 e foi considerado uma das obras-primas do século XX.
Assim que foi republicado nessa época, vendeu no primeiro ano um milhão de cópias, e desde essa altura consta regularmente das listagens de best-seller do New York Times e da New Yorker, estando traduzido em mais de 20 países.
Henry Roth (1906-1995) nasceu na povíncia austro-húngara da Galícia e terá desembarcado com a família na ilha de Ellis em 1909.
A sua infância e juventude foi passada nos guetos judaicos de Lower East Side de Nova Iorque, uma vivência que veio a estar na base deste seu primeiro romance.
Roth viu o romance ser publicado em 1934, numa altura em que passou despercebido à crítica numa sociedade mais preocupada com a crise financeira que o país vivia.
Trinta anos mais tarde, a obra foi redescoberta e em pouco tempo tinha vendido mais de um milhão de cópias ficando vários meses no topo da lista de best-sellers do New York Times. O autor só voltou a escrever nos anos 90 pouco antes da sua morte.

Um livro de grande interesse para os Camilianos mas também para todos os que se interessam pelo género biográfico e queiram conhecer mais a fundo a vida de um dos maiores vultos da Literatura portuguesa.
Neste livro pode encontrar um Camilo Castelo Branco psicanalisado por si próprio de forma única.
A verdade por trás do seu suicídio é explorada ao mesmo tempo que a verdade por trás da sua obra e da sua vida.
Este Camilo que na sua febre avança e recua no tempo sabendo o que os críticos estudiosos da sua vida e obra disseram sobre si mesmo muitos anos após a sua morte. Um Camilo fora do tempo e senhor de todos os tempos – como muitas vezes fazia enquanto narrador das suas obras. Um personagem inesquecível num percurso invulgar.
Maria do Carmo Castelo Branco de Sequeira é actualmente Professora Catedrática convidada da Universidade Fernando Pessoa. Entre 1986 e 2002 foi Professora Adjunta e, depois, Professora Coordenadora da ESSE do Instituto Politécnico do Porto.
Desempenhou vários cargos, nomeadamente o de Vice-Presidente e , depois, Presidente da ESSE do IPP e, na Universidade Fernando Pessoa, Directora da FCHS, desempenhando, neste momento, as funções de Provedora da Cultura da mesma Universidade.
Autora de algumas obras sobre Eça de Queirós, nomeadamente de “Prosas Bárbaras” e “A Dimensão Fantástica na Obra de Eça de Queirós”.
Além de um livro de contos, publicou vários estudos de didáctica e crítica literária.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A Sociedade Medieval Portuguesa (A.H. de Oliveira Marques)

Como era a vida na Idade Média? Não nos grandes acontecimentos, mas na vida quotidiana das diferentes classes. É a esta pergunta que, de forma organizada e nos seus múltiplos aspectos, o autor responde, neste interessante livro onde aspectos como a cultura, o trabalho, os afectos e até a morte são abordados de forma acessível e bastante completa.
Há muito para aprender ao longo deste livro. Ainda que alguns capítulos sejam mais completos que outros - em função das fontes disponíveis - a impressão geral é a de um retrato bastante preciso da forma como os mais diferentes aspectos da vida eram encarados na época medieval. Desde os aspectos mais simples e do conhecimento geral, aos detalhes menos conhecidos, há toda uma linha de conhecimentos para seguir ao longo deste livro.
Se todos os capítulos têm muito de interessante, destacam-se pelo detalhe os capítulos dedicados ao traje e ao trabalho, onde as diferenças de classes, estilos e até épocas (o traje, por exemplo, varia consideravelmente em diferentes períodos) são apresentadas de forma muito completa e onde as ilustrações servem também para completar uma explicação que é, por si só, bastante clara.
Há, talvez, temas que dariam material para um muito maior desenvolvimento. Ainda assim, o essencial está lá, e o conjunto da informação contida nos diferentes capítulos forma uma visão bastante clara do que seria o dia-a-dia em tempos medievais. Fica, pois, uma impressão evidentemente positiva deste livro interessante e esclarecedor.

Novidades Babel (3 de Outubro)

“Quando Isaiah contratou Laura, não estava à espera de uma tão grande lufada de ar fresco.
Impressionado pelo seu toque – e assombrado pela sua beleza – Isaiah apaixona-se. E move o Céu e a terra para lhe demonstrar que ela é a mulher que ele mais precisa – a única que conseguirá trazer o Sol para a sua vida.”
Uma das primeiras memórias de Catherine Anderson é o som da velha máquina de escrever da sua mãe a escrever histórias que depois lia em voz alta. Inspirada por esse exemplo, Catherine começou cedo a escrever histórias. Com milhões de livros vendidos e traduzidos em todo o mundo, Catherine Anderson já venceu o prémio Carreira do Romantic Times.
Na Arcádia publicou “Uma luz na Escuridão”, “Sétimo Céu”, “Amor à Primeira Vista”, “O Domador de Paixões”, “Mais perto do Céu” e “Olhos Brilhantes”.

Ela foi o meu primeiro beijo. O meu primeiro amor. Ela era a pequena menina dos fósforos que conseguia ver o futuro na chama de uma vela. Uma fugitiva que me ensinou mais sobre a vida de qualquer pessoa antes ou depois.
E quando partiu, a minha inocência partiu com ela. Agora que começo a escrever, uma parte de mim sente que estou a acordar algo que era melhor que permanecesse morto e enterrado ou, pelo menos, enterrado.
Podemos enterrar o passado mas ele nunca morre realmente. A experiência daquele Inverno cresceu em mim como hera na parede de uma casa, crescendo até ao ponto de fazer rachar tijolo e cal. Rezo para poder ainda contar a história como deve ser. A minha memória, como a minha vista, estão a desvanecer-se com a idade e já lá vão bem mais de 50 anos.
Ainda assim há coisas que ficam mais claras com o passar do tempo. Pelo menos disto tenho a certeza: naqueles tempos houve demasiadas coisas mantidas em segredo. Coisas que nunca deveriam ter sido escondidas e outras que nunca deveriam ter sido reveladas.
Richard Paul Evans é o autor nº1 de vendas The Christmas Box. Todos os seus doze romances apareceram na lista de mais vendidos do New York Times, tendo já sido impressos mais de 13 milhões de exemplares dos seus livros, traduzidos em mais de 22 línguas e quase todos bestsellers internacionais.
Recebeu o prémio American Mbeu others Book de 1998, alcançou dois primeiros lugares nos prémios da Storytelling World pelos seus livros para crianças, e recebeu o prémio Humanitarian of the Century do Washington Times e o prémio Volunteers of America National Empathy pelo seu trabalho de apoio a crianças vítimas de abuso.

Gillian e Sally Owens são duas órfãs que foram educadas pelas tias numa pequena vila. Criadas como crianças normais, tiveram desde tenra idade de lidar com a fama da família Owens.
Com efeito, há mais de dois séculos que as mulheres da família conhecem os segredos das ervas, das curas, e dos rituais para proteger as colheitas. As pessoas da cidade chamam-lhes bruxas mas recorrem a elas quando há necessidade, embora passem muito tempo a culpá-las de todo o mal à sua volta.
É neste contexto que Sally e Gillian partem, tentando esquecer os fantasmas do passado. Gillian, a irmã rebelde, parte para uma grande cidade para viver diversas relações sem futuro até ao dia em que conhece o violento Jimmy, que a maltrata.
Quanto a Sally, a irmã responsável, casa-se e tem duas filhas mas fica viúva pouco depois, mudando-se para uma nova cidade com o objectivo de poder dar uma nova vida às suas filhas, prestes a entrar na adolescência. Quando menos espera, tem Gillian à sua porta, acabada de chegar com um drama na sua vida e com uma surpresa na bagageira.
Alice Hoffman é uma das autoras mais lidas da actualidade. Com mais de 20 romances e vários livros para crianças e jovens, a autora foi, por diversas vezes, premiada com os prémios dos livreiros e associações de leitores. As suas obras envolvem geralmente histórias de amor pouco convencionais e sagas familiares. É das autoras mais lidas nos clubes de leitores americanos e tem as suas obras traduzidas em mais de 30 países.
Com a adaptação das suas obras ao Cinema, Alice Hoffman tem uma legião de fãs cada vez maior e espalhada nos quatro cantos do mundo.