sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Novidades Babel


"Em paralelo com a edição das Obras Completas de Jorge de Sena, surge agora uma colecção dedicada à sua vasta e diversa Correspondência, cuja publicação é fulcral para o entendimento da sua obra, e da obra dos seus correspondentes, bem como para o conhecimento da vida cultural portuguesa da segunda metade do século XX. E não podia ser inaugurada da melhor forma, com a inteligência e o afecto de dois poetas: António Ramos Rosa e Jorge de Sena." - in Nota Editorial (Jorge Fazenda Lourenço).

Jorge de Sena nasceu em Lisboa, a 2 de Novembro de 1919 e faleceu em Santa Barbara, Califórnia, a 4 de Junho de 1978. Poeta, ficcionista, dramaturgo, ensaísta, crítico literário, teatral e de cinema, historiador da cultura, tradutor e cidadão do mundo, é uma das figuras centrais da nossa cultura e da literatura do século XX. A obra de Jorge de Sena é monumental em volume, em variedade e, frequentemente, de qualidade excepcional. António Ramos Rosa recebeu numerosos prémios nacionais e estrangeiros, entre os quais o Prémio Pessoa, em 1988. É geralmente tido como um dos grandes poetas portugueses contemporâneos. Um dos mais fecundos poetas portugueses da contemporaneidade, a sua produção reflecte uma evolução do subjectivismo, em relação à objectividade.

«Eu vivi em muitos lugares, e de um deles tenho a ideia estranha de que lá vivi por necessidade da minha iniciação no fantástico. Era uma terra perdida, ao norte de Bagunte, nome já por si cancioneiro e razoável de eficácia romântica. A casa em ruínas, com uma nogueira centenária no pátio interior, favorecia os improvisos da imaginação.» - escreveu Agustina em 1966. E, na verdade, quer a casa em ruínas, quer os lugares circundantes da «Cividade», foram descritos em diversos textos: no conto inédito «Colar de Flores Bravias» (1947), nos romances «Homens e Mulheres» (1966), e «Antes do Degelo» (2004), na história infantil «O Soldado Romano» (2003) e, como unidade temática, nesta «Cividade» (1951).

Nasceu em Vila Meã, Amarante, a 15 de Outubro de 1922. Filha de um empresário de cinemas e casinos, cedo se deixou viciar pelo romance, iluminada roleta dos comportamentos humanos. Foi com o profético título «A Sibila» que publicou em 1954 que veio a ser reconhecida ao público em geral ao receber o Prémio Delfim Guimarães e o Prémio Eça de Queiroz. Vários dos seus romances foram adaptados ao cinema por Manoel de Oliveira. Foi, durante a sua vida, homenageada em múltiplos países e universidades, condecorada por Portugal e pela França e traduzida em várias línguas. Já foi distinguida por todos os prémios nacionais de literatura e vários internacionais. Recebeu o Prémio Camões em 2004.

A imagem evocada, o lirismo como substrato, um livro de poemas de um jovem autor já reconhecido pelos pares como o confirmam os prémios que venceu até ao momento.

Luís Felício (Tavira, 1982) reside e estuda em Paris. Foi seleccionado no Concurso Jovens Criadores '08, '09 e '10, e integrou as colectâneas Jovens Escritores. Recebeu vários prémios nacionais de poesia, entre os quais o Prémio Edmundo Bettencourt Cidade do Funchal e o Prémio Literário Cidade de Almada. Publicou as obras «Assim também um corpo» (Livro do dia, 2012) e «O Som e a Casa (Artefacto, 2010). Publicou poemas em várias revistas literárias. Co-edita a revista «crase»

Esta obra é uma reflexão sobre a forma como a história da arte tem vindo a estudar a prática artística feminina, sobretudo na Europa, do século XVI ao século XX. Nesse sentido, é também uma história da história da arte, uma história de como a arte produzida por mulheres foi, durante tanto tempo, ignorada e desvalorizada, ou seja, uma arte sem história. E como, nas últimas décadas, na sequência das abordagens femininas, passou a ser, também, uma arte com história.

Filipa Lowndes Vicente (Lisboa, 1972), historiadora, é investigadora no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Doutorou-se na Universidade de Londres em 2000 com uma tese que deu origem ao livro «Viagens e Exposições: D. Pedro V na Europa do Século XIX» (prémio Victor de Sá 2004). Do seu trabalho mais recente sobre conhecimento e cultura em contexto colonial na Índia do século XIX, resultaram vários artigos e o livro «Outros Orientalismos: a Índia entre Florença e Bombaim (1860-1900)», publicado em 2009.

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