quinta-feira, 20 de junho de 2013

Novidade Esfera dos Livros

«De mim recordarão que fui amante de Sua Majestade D. José I de Portugal e dos Algarves. Mulher perigosamente bela, de uma volúpia cegante para os homens. Lembrar-se-ão que traí o meu marido Luís Bernardo de Távora enquanto ele auxiliava o seu pai nas mais diversas façanhas na Índia. Contarão as vezes em que me viram trocar olhares em público com o rei, mesmo na presença da rainha.»
Quando Lisboa tremeu por debaixo dos seus pés, D. Teresa de Távora recordou cada uma das palavras premonitórias que o padre Malagrida lhe escrevera. Cada grito desesperado que ouvia nas ruas destruídas da cidade eram a prova de que era ela a causadora de toda aquela desgraça. Os seus atos pecaminosos. A sua beleza, a sua sensualidade, o adultério vergonhoso que envolvia a sua relação amorosa com o rei de Portugal… Depois do sucesso de D. Estefânia, Um trágico amor, Sara Rodi regressa à escrita para nos contar a extraordinária história de D. Teresa de Távora a amante do rei D. José I. Narrado na primeira pessoa e baseado numa minuciosa pesquisa, somos levados a conhecer a vida desta mulher que viveu no século XVIII. Um século marcado pelo trágico terramoto de Lisboa, a ascensão ao poder de Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, e o sangrento processo dos Távora. Nesse fatídico dia de 13 de janeiro de 1759, D. Teresa viu morrer no cadafalso o seu marido Luís Bernardo, o irmão, o sogro, a sogra D. Leonor, cunhados e sobrinhos. Perdeu o nome Távora, arrancado da toponímia e dos brasões, manchado pela vergonha para todo o sempre, e perdeu a liberdade por que tanto havia lutado. D. Teresa de Távora não foi casta. Não praticou grandes obras. Não foi uma esposa fiel. Foi apenas mulher. E esta é a sua história.

Sara Rodi escreveu o primeiro «livro» aos 6 anos, para oferecer à professora... e desde então nunca mais parou. Escreveu à mão, depois à máquina, por fim ao computador, poemas, contos, peças de teatro, filmes... Conquistou alguns prémios, mas foi no romance que se destacou quando, em 2000, com 22 anos, lançou A Sombra dos Anjos e Frio (reeditado em 2011). Enveredou depois pela área do guionismo e participou na escrita de inúmeras novelas, como Queridas Feras, Mundo Meu ou Vingança  e séries para televisão como Uma Aventura ou Maternidade. Criou também, com Ana Correia Tavares, O Livro da Minha Vida, que se dedica à publicação de biografias personalizados com edições limitadas. A maternidade fê-la render-se à literatura infantojuvenil e tem já editados mais de 20 livros para o público mais jovem, que leva a escolas e bibliotecas de todo o país.
D. Estefânia, Um Trágico Amor, publicado em 2012, marcou a sua estreia no romance histórico, a que se segue agora D. Teresa de Távora, a Amante do Rei, dedicado a todos aqueles que cumprem o seu destino. E o que Sara mais deseja, através da escrita, é cumprir o seu.

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