segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Novidades Planeta

Enquanto adolescente na Irlanda de 1952, Philomena Lee engravidou e foi enviada para um convento – uma «mulher perdida, caída em desgraça». 
Durante três anos depois do nascimento do filho, cuidou dele naquele lugar. Depois a Igreja levou-o de si e vendeu-o, a exemplo de inúmeras outras crianças, para a América, onde foi adoptado. 
Durante cinquenta anos Philomena procurou encontrar o filho mas nunca soube para onde foi. Sem saber que ele também a procurou toda a vida. O filho, Michael Hess, nome dado pela família adoptiva, tentou procurar a mãe, mas a Igreja negou-lhe informações, pois receava a descoberta do macabro negócio de venda de crianças. Michael foi um advogado de renome, conselheiro jurídico do presidente Bush, que acabou por morrer vítima de sida. 
Este escândalo, quando foi descoberto, abanou os alicerces da Igreja Católica e embora, tenham pedido publicamente perdão às mães a quem venderam os seus bebés, sofreram a vergonha também pública de não serem perdoados.
Soberbamente contada por Martin Sixsmith, esta é uma história de que irá tocar o coração dos leitores, pois confirma que, mesmo na tragédia, o laço entre uma mãe e um filho nunca pode ser quebrado e o amor encontrará sempre um caminho.

Flavia de Luce é brilhante, aos 11 anos esta heroína é apaixonada por química e tem como hobby pesquisar venenos e atormentar as duas irmãs mais velhas. Tem um laboratório muito bem equipado. Talvez por tudo isso, ou devido a uma curiosidade acima do normal adora desvendar crimes.
Vive com o pai e as irmãs na antiga mansão Buckshaw, e apesar da personalidade forte e solitária (a única amiga é a bicicleta, Glayds), é no fundo, uma jovem solitária que nunca se conformou com a morte da mãe que mal conheceu, e que não se consegue interessar-se pelas mesmas coisas que as irmãs – que só querem saber de roupas, maquilhagens e namorados. O pai é um viúvo que ainda sofre com a perda da mulher, e que se isola no escritório com sua preciosa colecção de selos, sem dar importância com o que se passa à sua volta. 
A história deste terceiro livro começa com um crime antigo, que nunca foi considerado como tal e um novo, o que leva Flavia a conseguir interligar os dois. 
Durante a quermesse de Bishop’s Lacey, Flavia pediu a uma cigana que lhe lesse a sina, mas não estava à espera de, horas mais tarde, já de madrugada, ir encontrar a pobre mulher mergulhada numa poça de sangue no interior da sua caravana. Teria sido um acto de vingança, perpetrado por algum habitante da terra, convencido de que, anos antes, a cigana raptara e levara consigo uma criança da aldeia? 
Flavia é menina para compreender bem o doce sabor da retaliação; com efeito, a vingança é um passatempo com que não pode deixar de se deliciar quem tem duas irmãs mais velhas, ambas odiosas. Mas qual será a relação entre este crime e a criança desaparecida? 
À medida que as pistas se vão acumulando, Flavia terá de as analisar com todo o cuidado, a fim de desembaraçar uns dos outros os fios negros de actos e segredos do passado.

Cidade Proibida é o retrato de uma certa Lisboa, na actualidade. Uma cidade onde Rupert e Martim decidem viver juntos, mesmo que o tenham de fazer num meio tradicional, endinheirado e snob que poderá vir a cavar um fosso irremediável entre ambos. Mas o encontro que mudou a vida dos dois justifica esse desafio. Rupert é inglês e está em Lisboa como professor. 
Martim nasceu e estudou no Estoril, doutorou-se em Oxford e mantém uma assessoria régia numa holding de comunicação. 
É em Londres, que Rupert conhece Martim. De regresso a Portugal, Rupert troca o seu modo de vida pelo de Martim. 
Por seu intermédio, acede a um meio que lhe é completamente estranho, o das famílias tradicionais com casa no Estoril e assento em poderosos conselhos de administração.
Contrariado, vê-se obrigado a privar com homens arrogantes com quem Martim estava habituado a programar temporadas de ópera em Nova Iorque e Salzburgo, carnavais em Veneza e compras em Milão. 
Rupert sabe que não faz parte desse mundo. Tudo visto, a única cedência de Martim foi ter concordado em deixar o gato em casa da mãe para irem viver juntos. No resto, manteve-se inflexível. E um certo alheamento da realidade fez com que levasse tempo a perceber que a história de ambos era atravessada por zonas de sombra...

Sem comentários:

Enviar um comentário