terça-feira, 8 de abril de 2014

Corrida Perversa (Janet Evanovich)

Antes de conhecer Diesel, a vida de Lizzy Tucker decorria na mais absoluta normalidade. Agora, são muitos os encontros estranhos, as buscas perigosas e as situações caricatas em que se vê envolvida. Tudo por causa das famigeradas pedras SALIGIA, que parecem atrair o interesse de várias forças poderosas e que apenas Lizzy e um outro indivíduo são capazes de identificar. E a segunda pedra pode estar mais perto do que julgam. Tudo começa quando um professor universitário é atirado de uma janela por causa de um livro de sonetos. Daí surge a primeira pista para uma busca intensa e cheia de peripécias... Até porque a rivalidade já não se resume apenas a Wulf e Diesel. 
Caricato em muitos aspectos e cheio de situações inesperadas, este é um livro em que o essencial está no humor. Quer nas interacções entre as personagens, quer na evolução global da premissa, os elementos bizarros são dominantes, o que torna este livro numa fusão entre o insólito e o estranho.
Mas é precisamente desta peculiaridade, e de um sentido de humor um pouco inconsequente, mas cativante, que resulta uma história que, com tudo o que tem de peculiar, acaba por proporcionar uma leitura divertida e descontraída. Num cenário em que tudo é estranho, a ideia das pedras SALIGIA e os pequenas revelações que vão sendo feitas quanto ao que as caracteriza, apresentam uma base interessante para a busca dos protagonistas. E, quanto à interacção entre as personagens, pode parecer que algumas reacções são demasiado serenas, mas há, apesar disso, bastantes episódios bem conseguidos... e alguns desenvolvimentos intrigantes.
Ainda no que toca às personagens, sobressai um desenvolvimento interessante no que diz respeito aos (supostos) vilões. Tanto Wulf como Deirdre (e, em menor grau, Hatchet) são, à partida, poderes sombrios que é preciso combater. Mas, curiosamente, nem estes vilões são assim tão temíveis nem o conflito entre os dois lados é assim tão linear. Ora, este ponto, num enredo que é, na sua essência, bastante simples, acrescenta ainda um novo toque de peculiaridade que se torna particularmente interessante.
Leve e descontraído, cheio de estranheza, ainda que sem grandes surpresas, este é, em suma, um livro bastante simples, com uma história feita de pequenos momentos e de uma boa dose de peculiaridade. E, por isso, uma leitura agradável e divertida. Gostei.

Sem comentários:

Enviar um comentário