quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Balanço de 2015

2015. Ano de mudanças (algumas), de novos projectos (também), de pequenas descobertas e de grandes aventuras. Passou depressa, sim. Mas trouxe coisas boas. E porque um bom ano não é um bom ano se não tiver também boas leituras, estas foram as melhores de um total de 210 livros lidos este ano. 


De entre muitas boas leituras, esta foi, sem margem para dúvidas, a melhor do ano. Porquê? Porque tem tudo o que me fascina num livro. Um mundo complexo e muitíssimo bem construído, um equilíbrio praticamente perfeito entre todos os elementos (da intriga à acção e, principalmente, à emoção) e um conjunto de personagens brilhantes. Junte-se a isto que conheci neste livro uma das minhas personagens preferidas - sim, o Kelsier - e está basicamente tudo dito.


Preparem-se para ver mais vezes o nome de Laini Taylor nesta lista. Este livro, que encerra a trilogia, leva a história a um pico de intensidade e de emoção, que reforça todas as boas características que já vinham dos livros anteriores (e que vou referir mais à frente). Intenso, comovente, maravilhosamente escrito, ficou-me na memória bem depois de terminada a leitura. Adorei.



Will Trent. Quase que bastava como motivo para ter este livro aqui. Complexo, incrivelmente vulnerável, mas, ao mesmo tempo, capaz de tanto, Will é mais uma das minhas personagens favoritas. Mas, a somar a isto, temos uma história cheia de surpresas e reviravoltas, e uma escrita que, apesar do ritmo mais pausado que o habitual no género, nunca deixa de cativar. E se basta Will Trent para fazer com que a leitura valha a pena, o resto acrescenta o que faltava para fazer deste Fraturado um livro brilhante.


Com um cenário apocalíptico, mas centrado, acima de tudo, nas pessoas e naquilo que as leva a continuar a lutar, este livro lindíssimo marca, acima de tudo, por aquilo que nos faz recordar. Sobreviver não chega para se ter uma vida a sério. E, mesmo no mais terrível dos cenários, o que nos torna humanos continua a ser claríssimo.


Eu disse que ia voltar a falar na autora. Este é o início da trilogia, e o ponto em que tudo é misterioso e surpreendente. Há algo de intrigante no mistério de Karou, no mundo em que se move e naquilo que está a acontecer em seu redor. E há já a tal base de intensidade e de emoção que continuará a crescer nos livros seguintes, mas que é já neste livro muitíssimo marcante. 



Ao mesmo tempo um policial surpreendente e um verdadeiro hino à literatura, também este livro marca tanto pelas reviravoltas surpreendentes - e, oh, se são surpreendentes - como pela forma como as próprias personagens vão sendo construídas ao ritmo da intriga. Camille Verhoeven é um protagonista fascinante e a verdadeira dimensão do papel que tem a desempenhar no mistério é algo de absolutamente impressionante


Este foi um livro que excedeu todas as expectativas. Sabia de antemão que ia ser uma boa leitura, ou não fossem todas as opiniões que tinha lido tão positivas. O que não estava à espera era de encontrar mais uma personagem para a minha lista de favoritos incondicionais. André Marques-Smith é, tanto pela personalidade como pela história que protagoniza, um indivíduo absolutamente memorável. E escusado será dizer que as expectativas para os volumes seguintes são, por isso, ainda mais elevadas.


Há algo de estranhamente cativante no contraste entre amor fulgurante e guerra total que define o cenário onde os protagonistas deste livro se movem. Além disso, na sua estranha dualidade de amante e mercenário, Eliah Al-Saud revela-se como uma personagem verdadeiramente fascinante. Junte-se a isto todo um conjunto de momentos intensos - principalmente os mais emotivos - e o resultado é, no mínimo, emocionante.


E mais Laini Taylor. Apesar de funcionar, em certos aspectos, como volume de transição (deixando, para algumas coisas, mais perguntas que respostas), há neste livro uma nova perspectiva para a visão global do que está a acontecer. Assim como a já expectável emoção que torna tudo tão cativante. 


História de uma morte iminente e de tudo o que lhe está associado, este é um livro que, ao mesmo tempo, cativa e perturba. Com uma protagonista fascinante e uma história onde aquilo que é dito é tão importante como o que fica por contar, abala convicções, desperta sentimentos. E, principalmente nos momentos mais sombrios, grava-se profundamente na memória.




E assim foi mais um ano em (boas) leituras. Para o ano que se segue, ficam os desejos do costume. Sonhos, sucesso, desejos realizados. Que tudo - na vida, como nos livros - seja sempre o melhor possível. 

Até para o ano! ;)

2 comentários:

  1. Tens que ler os seguintes do Brandon Sanderson, porque se adoraste o primeiro, os outros dois ainda são melhores! E Kelsier <3

    Tenho muita curiosidade em ler o Estação Onze, já o tenho em inglês, no Kobo.

    Que 2016 te traga muitas e boas leituras! :)
    Beijinhos

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    1. Tenho mesmo. :) Até já os tenho cá em casa, por isso é só uma questão de tempo.

      Beijinhos e bom ano!

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